Para especialistas, a implementação de Conselhos Consultivos é determinante para os empreendedores tomarem decisões melhores e mais conscientes.

A prática dos Conselhos Consultivos (CC) é tão antiga quanto a própria humanidade. A sua origem se perde na história, com raízes em diferentes culturas e civilizações, e o objetivo é sempre o mesmo: buscar orientação de pessoas experientes, a fim de alcançar o melhor resultado possível. E a “ajuda” desse colegiado vem por meio de recomendações, ensinamentos, aprendizagens, dicas, sugestões, observações, avaliações, lições, instruções, indicações, informações, referências, propostas e proposições.

“O Conselho Consultivo é uma estratégia que conta com as pessoas certas, no local certo e no momento certo para o empresário e dirigentes poderem ‘consultar’ e ouvir ‘conselhos’ que melhor direcionem as decisões e ações do seu negócio”, explica o Dr. Marcos Antônio Martins Lima, que é conselheiro consultivo atuando em PMEs e consultor sênior do IAGEE (Instituto de Avaliação, Gestão & Educação).

O termo Conselho vem do latim consilium que significa “deliberação, assembleia” e opinião que se emite sobre o que convém melhor fazer. Com o aumento da complexidade das sociedades humanas, foram surgindo vários tipos de práticas de conselhos: conselhos de família, conselhos sociais, conselhos municipais, conselho de administração, conselho fiscal e, obviamente, conselho consultivo.

No caso do ambiente de negócios, os conselhos podem ser uma ferramenta importante para as PMEs (pequenas e médias empresas) minimizarem os problemas cada vez mais imprevisíveis e acelerados. Isso porque os CCs são integrados por profissionais experientes – e que já vivenciaram o papel de executivos e dirigentes em empresas de diversos segmentos – com a missão de avaliar e apresentar soluções para os desafios e turbulências inerentes à atividade empreendedora. Em resumo, com um Conselho Consultivo corretamente implantado, as PMEs aumentam suas chances de obterem resultados maiores e melhores e sustentados na longevidade.

“Com novas e grandes demandas de gestão, inovação e nas mudanças no papel social e ambiental das empresas, a estratégia de implantar Conselhos Consultivos passa a ser um diferencial competitivo de mercado, colaborando na viabilidade do negócio e reduzindo a probabilidade de mortalidade, quando integra o seu modelo de gestão e à sua dinâmica de operação”, aponta o Dr. Martins Lima, que possui quase 30 anos de experiência em Direção Executiva e em Projetos de Consultoria Organizacional e é pós-doutor em Gestão e doutor em Avaliação e Educação.

A ampla e diversa experiência profissional dos conselheiros é determinante para os empreendedores, especialmente os donos de negócios de pequeno e médio porte, tomarem decisões melhores e mais conscientes. Para Clarisse Monteiro, da Endeavor, e Marcelo Nakagawa, professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper, “bons conselheiros podem contribuir decisivamente, melhor que um mentor esporádico, por acompanharem a evolução da empresa”, avaliam em publicação sobre implementação de Conselhos Consultivos em pequenos negócios.

O Dr. Marcos Antônio Martins Lima chama ainda a atenção para a diferença entre os papéis e missão do conselheiro consultivo e o consultor de empresas. “Enquanto, o consultor é um profissional contratado e especializado que atua na implantação das mudanças sem um colegiado, o Conselheiro Consultivo é um profissional contratado e especializado, porém com mais experiência nos seus quilômetros rodados e que atua junto a um órgão colegiado (o Conselho Consultivo) da empresa fazendo perguntas qualificadas, recomendações estratégicas e contando com a confiança dos sócios-proprietários, dos dirigentes e da família na avaliação constante dos seus negócios e não deixando acontecer o ditado popular: ‘Agora Inês é morta!’”, esclarece.

Confira também orientação da Edeavor e do Insper de como PMEs podem implementar o seu CC:


Deixe seu Comentário