Os movimentos recentes de alguns grandes players apontam que o varejo está prestes a virar uma nova página.

Os movimentos recentes de alguns famosos players indicam que as mudanças no varejo podem ser ainda mais visíveis nos próximos anos. Com o anúncio de fechamento de lojas por parte de gigantes como Macy’s e The Body Shop, por exemplo, uma reflexão se impõe sobre os rumos do comércio, o impacto da digitalização e as transformações nas preferências dos consumidores.

Esses movimentos não apenas indicam o futuro das lojas físicas, mas também sinalizam uma transformação mais ampla no cenário do varejo global, bem como a necessidade de adaptação e inovação em um mercado em constante evolução. Para Flavia Mardegan, especialista em vendas, o papel das lojas físicas deve transcender a mera transação comercial. “Especialmente no contexto pós-pandemia, onde a conexão humana se tornou ainda mais valorizada, as lojas físicas precisam se destacar como espaços de encontro e interação genuína entre clientes e vendedores, proporcionando uma experiência única”, explica.

Para se ter uma ideia, a loja norte-americana Macy’s anunciou que fechará 150 lojas até o fim de 2026. Além disso, o foco estão nas mudanças para transformar a varejista em espaços menores e mais luxuoso, atendendo o novo perfil dos consumidores. Em comunicado, Tony Spring, CEO da marca, citou essa reformulação. “Estamos tomando as medidas necessárias para revigorar o relacionamento com nossos clientes por meio de experiências de compra aprimoradas, sortimentos relevantes e valor atraente”, disse. Spring disse que a Macy’s melhorará a experiência de compra dos clientes, concentrando-se nas marcas e nos itens que os compradores dizem querer.

A especialista em varejo Flávia Mardegan ressalta que “as lojas físicas não devem se limitar apenas à venda de produtos, mas devem oferecer uma atmosfera envolvente e personalizada que cativa os consumidores e os incentiva a retornar”. Essa percepção vai ao encontro do que temos visto: comércio e varejo investindo além do produto.

Inovação tecnológica e integração multicanal

Além disso, Flavia Mardegan destaca outro ponto crucial para a nova etapa do varejo: a integração multicanal. “Os consumidores esperam uma experiência consistente em todos os pontos de contato com a marca, seja online ou offline. As lojas físicas devem se integrar de forma eficaz com os canais digitais, oferecendo opções como retirada na loja para compras online, experiências digitais interativas e personalizadas”, pontua. Essa sinergia entre os diferentes canais de venda não só aumenta a conveniência para os clientes, mas também fortalece o relacionamento com a marca.

Diante desse cenário, a inovação tecnológica surge como um diferencial competitivo para as lojas físicas. “A adoção de tecnologias como realidade aumentada, inteligência artificial e sistemas de pagamento sem contato não só melhora a eficiência operacional, mas também enriquece a experiência do cliente”, afirma a especialista. Essas tecnologias oferecem oportunidades únicas para envolver os consumidores, proporcionando interações personalizadas e facilitando o processo de compra.

Para completar, estratégias como showrooming e experiências de teste ganham destaque como formas de atrair e engajar os consumidores. “Permitir que os clientes experimentem os produtos antes de comprar, seja na loja física ou através de ferramentas virtuais, aumenta a confiança e a satisfação do cliente”, explica. Essas experiências táteis são especialmente relevantes em setores onde a sensação e a qualidade do produto são cruciais para a decisão de compra.

Fonte: https://cndl.org.br/varejosa/mudancas-no-varejo-reflexoes-sobre-o-fechamento-de-lojas-da-macys-e-the-body-shop/?city=brasil


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